alfredo volpi

Alfredo Volpi (Lucca 1896 - S. Paulo 1998)
Volpi nasceu na Itália e foi trazido para São Paulo com 2 anos de idade. Em 1911 começou a pintar murais decorativos como autodidata. Na década de 40 o panorama itanhaense foi tema de suas pinturas que caminhavam para a simplificação e geometrização das formas. Somente a partir de 1950 tornou-se conhecido através das obras nas quais figuram bandeirinhas, mastros, fachadas e temas geométricos.
Sua obra, iniciamente figurativa e de inspiração popular, evoluiu para uma abstração geometrizada, resultado da influência do Concretismo sobre sua interpretação da paisagem.

Sugestão de atividade:

Produção de um grande painel com bandeiras recortadas de papeis texturizados através de decalque e coladas em papel craft.

gravura

Termo que designa, em geral, desenhos feitos em superfícies duras como madeira, pedra e metal, a partir de incisões, corrosões e talhos realizados com instrumentos e materiais especiais. Ao contrário do desenho, os procedimentos técnicos empregados na gravura permitem a reprodução da imagem. Nessa medida, uma gravura é considerada original quando resultado da matriz criada pelo artista, que a partir dela imprime a imagem em exemplares iguais, numerados e assinados.Em função da técnica e material empregados, a gravura recebe uma nomenclatura específica: litografia, gravura em metal, xilogravura, serigrafia.
Fonte: www.itaucultural.org.br
Enciclopédia Itaú Cultural - Artes Visuais

MONOTIPIA: reprodução de motivos pintados sobre uma placa de vidro, metal ou fórmica, através de impressão imediata, com tinta ainda fresca, em papel ou outro material.

sugestão de atividade:

Pintar sobre um pedaço de plástico utilizando canetas hidrográficas e pressionar pelo verso sobre papel sulfite antes que seque a pintura.

XILOGRAVURA: gravura obtida pela impressão de entalhes em placa de madeira.

LITOGRAFIA: o desenho da matriz é realizado com lápis gorduroso sobre pedra calcária de superfície plana que, depois de molhada, recebe tinta e a seguir executa-se a impressão.

Sobre litografia:

http://almanaque.folha.uol.com.br/ilustrada_04abr1954.htm

Banco de dados Folha - acervo de jornais

cubismo

O Cubismo, uma das primeiras correntes artísticas das chamadas vanguardas históricas do século XX, manifesta-se na França entre os anos 1908 e 1910. Os pintores e escultores deste movimento afirmavam que na natureza é possível reduzir todas as coisas a formas geométricas perfeitas, mediante as quais elas podem ser representadas. Essa síntese da realidade é fruto de uma busca dos elementos mais fundamentais e primários das artes plásticas, de suas próprias raízes. De fato, uma das características principais do Cubismo é a revalorização das formas geométricas -- triângulos, retângulos e cubos, além, é claro, da proposição da pintura e da escultura como formas de expressão. Quanto ao nome dado a esse novo movimento, ele não partiu dos próprios artistas, mas dos críticos de arte da época, totalmente desconcertados diante desse novo caminho de expressão artística. Ao visitar as primeiras exposições e convencidos de que se tratava de uma arte experimental que nunca chegariam a entender, começaram a se referir às obras com o nome de cubos ou de raridades cúbicas. Essa nova corrente foi representada por dois grandes pintores e escultores: Pablo Picasso e Georges Braque, embora se possa dizer que foi o primeiro, com sua obra As Senhoritas de Avignon, que iniciou o Cubismo propriamente dito.
Fonte:
HTTP://www.caras.com.br/escolas-de-arte/noticias/11/

franz marc

Apesar da morte precoce e da destruição de muitas de suas obras pelo nazismo, Franz Marc (1880-1916) será sempre lembrado como grande nome do expressionismo alemão e um dos maiores pintores de animais da história. Seu diferencial é que não os retratava, simplesmente; procurava revelar seus sentimentos, provocando, assim, fortes emoções no observador. Para tanto, incrementou a incrível sensibilidade com estudos de anatomia e se valeu da força das cores, que, achava, se ligavam a idéias específicas: o azul, ao masculino, o amarelo, ao feminino, o vermelho, à força. A maior parte de sua obra foi figurativa, mas Marc se tornou mais abstrato após conhecer o russo Wassily Kandinsky (1866-1944), com quem fundou a revista Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul), que pregava a supremacia da cor e da forma sobre a realidade, valorizando o lirismo e a harmonia.


Sua época
No quadro A Infeliz Terra do Tyrol (1903), Franz Marc revelou seu pesar com as guerras balcânicas. A obra mostra cavalos magros e um cemitério, no entanto apresenta, também, num arcoíris, a esperança de tempos melhores. Tais guerras uniram Sérvia, Montenegro, Grécia e Bulgária, em 1912, para libertar terras dominadas pelos turcos. Depois, todos se voltariam contra a Bulgária, que ficara com uma fatia maior do bolo. Mais forte, a Sérvia se tornaria uma ameaça para o império austro-húngaro, o que acabaria levando à I Guerra Mundial (1939-1945).



O autor
Franz Marc nasceu em Munique. Por influência do pai, o pintor de paisagens Wilhelm Marc, desistiu de seguir a carreira religiosa, que muito agradaria a sua mãe, rígida calvinista. Estudou na Academia de Belas-Artes de Munique e fez três viagens a Paris, onde conheceu os impressionistas. Enfrentou vários períodos de depressão. Casou-se com a pintora Maria Schnür, para ficar com um filho ilegítimo, e depois, separado, casou-se com outra pintora, Maria Frank. Voluntário na I Guerra Mundial, morreu aos 36 anos, na batalha de Verdun, França.

Portal Caras - revista - edição 689 - ano14 - nº3 - arte

poesia concreta

A poesia concreta chega ao Brasil na década de 1950 com os irmãos Augusto e Haroldo de Campos e Décio Pighnatari que lançaram as bases do concretismo no nosso país, desenvolvendo uma nova possibilidade estética e novas formas de expressão artística.
A desconstrução do verso tradicional, a decomposição de palavras, as novas formas de organização e disposição no espaço da página, a incorporação de símbolos, o uso de termos estrangeiros e neologismos caracterizam a poesia concreta conduzindo a múltiplas leituras ou reforçando a significação do seu conteúdo.
Com a tendência tecnológica, novas formas de comunicação estão sendo incorporadas à poesia concreta, valorizando novos efeitos visuais e sonoros e a interatividade do leitor.

Sugestão de atividade:
Após a observação e leitura de poesias concretas, propor aos alunos uma produção partindo de palavras escolhidas em revistas ou jornais, agregando símbolos ou figuras através de colagens ou desenhos, orientando sobre a valorização do campo visual na significação do produto.

Visite o site oficial de Augusto de Campos:
http://www2.uol.com.br/augustodecampos/poesiaconc.htm

joan miró

Joan Miró (1893-1983)
Artista espanhol, nascido em Barcelona, expressou suas ideias através de pinturas, esculturas, cerâmicas, cenografias, tapeçarias, gravuras e monumentos públicos. Sua linguagem pictórica original e pessoal o conduziram ao reconhecimento internacional.
Miró foi um aluno tímido, demonstrava interesse apenas nas aulas de desenho, porém , pouca habilidade nos traços.

Mesmo desencorajado pelos pais matriculou-se na academia de Galí, antigo colega de estudos de Picasso, onde não havia imposições estéticas e a personalidade do artista era valorizada. Assim, Miró pode se expressar com liberdade e criar sua própria linguagem artística.

Sugestões de atividades:

1) Miró experimentou suportes variados para realizar suas pinturas. Utilizar um suporte diferente para desenhar, pintar ou realizar uma colagem: uma sacola de papel, um pedaço de papel de parede, uma caixa de sapatos, um CD, um retalho de tecido rústico. Observar que cada suporte influencia tanto no aspecto do trabalho como no tema que vai ser escolhido.

2) Pegar um objeto de forma incomum, como uma pinha e colocar dentro de uma caixa de papelão. Apalpar o objeto sem observá-lo e desenhar o que sente, texturas e formas, e não o que sabe sobre ele. Os alunos de Galí realizavam este exercício para entender que desenhar de forma precisa não é a única maneira de retratar o que viam.


"Uma simples linha pintada com pincel pode levar à felicidade e à liberdade".
Miró