"Há pessoas que transformam o sol numa simples mancha amarela, mas há aquelas que fazem de uma simples mancha amarela o próprio sol".
Pablo Picasso

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Nova teoria sobre morte de Van Gogh é "precoce"






Um importante especialista em Van Gogh jogou água fria em uma teoria proposta em nova biografia, segundo a qual o pintor holandês não teria cometido suicídio, mas sido vítima de disparos acidentais.
Van Gogh não cometeu suicídio, dizem autores de biografia
"Van Gogh: The Life", de Steven Naifeh e Gregory White Smith, foi lançado na segunda-feira. A cobertura da mídia sobre o livro vem focando a alegação de que Van Gogh pode ter sido vítima de disparos acidentais feitos por dois meninos, que ele então teria tentado proteger.
O pintor, que sofria de depressão, decepou parte de uma orelha, internou-se em um asilo e, aos 37 anos, teria cometido suicídio, segundo se acredita amplamente. Ele morreu em 1890, dois dias depois de sofrer um ferimento de bala no peito.
Leo Jansen, curador do Museu Van Gogh, de Amsterdã, disse que ainda há questões não resolvidas que cercam o aparente suicídio de Van Gogh, incluindo a razão pela qual o artista decidiu se matar e o que aconteceu com a arma, que nunca foi encontrada.
"Naifeh e Smith reavaliam os fatos conhecidos e apresentam a hipótese de que dois garotos teriam se envolvido em um incidente misterioso que levou ao tiro fatal", disse Jansen em comunicado divulgado pelo museu.
Ele descreveu a teoria como "intrigante", mas inconclusiva.
"O Museu Van Gogh acredita que, levando tudo em conta, seria prematuro excluir o suicídio como causa da morte de Van Gogh."
Jansen disse ainda que o livro, que tem capa dura e mais de mil páginas de texto, "representa uma importante contribuição para nosso entendimento da vida e obra de Vincent Van Gogh, trazendo perspectivas novas e intrigantes".


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